Esta semana foi bastante conturbada. Tive o planejamento todo alterado.Trabalhei da seguinte forma:
No dia 03/05, segunda-feira, os objetivos previstos foram substituídos pelas seguintes atividades:
* Ensaio Geral para a apresentação em homenagem às mães. Esse ensaio foi realizado das 8:00h até às 11:00h.
* Recreação.
No dia 04/05, terça-feira, terminamos as atividades manuais. Terminamos o caderno de receitas que será presenteado às mães.
No dia 05/05, quarta-feira, foi criado um cartão para as mães, trabalhamos o poema de Mário Quintana e iniciamos um trabalho em grupos em que os alunos criaram uma poesia.
No dia 06/05, quinta-feira, além do ensaio para a apresentação às mães, concluímos o trabalho em grupo. Os alunos criaram um poema. Este poema foi feito por todos os integrantes do grupo e depois disso, redigido em um papel pardo que foi exposto na sala de aula.
Na sexta-feira, dia 07/05/2010, os alunos realizarão a presentação para as mães.
A menina que não tem a mãe participou da apresentação e ao final chorou muito porque a madrinha que cuida dela se comprometeu em ir até a escola assistí-la e, não sei porque, não foi. Esta situação me deixou arrasada. Conversei com ela, expliquei que a tia devia ter tido um compromisso que a impossibilitou de comparecer. esta situação me fez refletir e acabei por resgatar uma fala de Paulo Freire no livro Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 11ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
"O que tenho dito sem cansar, e redito, é que não podemos deixar de lado, desprezdo como algo imprestável, o que educandos, sejam crianças chegando à escola ou jovens e adultos a centro de educação popular, trazem consigo a compreensão do mundo, nas mais variadas dimensões de sua prática na prática social de que fazem parte. Sua fala, seu modo de contar, de calcular, de seus saberes em torno da saúde, do corpo, da sexualidade, da vida, da morte, da força dos santos, dos conjuros". (FREIRE, 2003, p.85-86).
Não podemos jamis esquecer que os nossos alunos tem uma imensa bagagem. Bagagem esta que trazem de casa, com suas histórias de vida e visão de mundo. Esta aluna me fez ver que, talvez, ela tenha uma visão de mundo, um sentido de morte bem mais dramático e pesado do que eu. Senti dó e compaixão pela dor dela pois, vivia e revivia a perda dos pais, o descaso da madrinha e sentiu-se só naquele momento especial onde cada um de seus colegas presenteava a sua mãe.
domingo, 9 de maio de 2010
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