Oi, adorei a nossa última aula presencial de Literatura Infanto-Juvenil.
Foi uma ótima experiência a de criarmos uma hora do conto com base e uma história escolhida por nós.
Tenho o hábito deler para os meus alunos da 4ª série mas, confesso que depois desta atividade, reavaliei a forma como contava as histórias e a partir de agora estou fazendo isso de uma forma muito mais criativa e envolvente tanto para mim quanto para meus alunos.
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Um comentário:
Oi, Maria de Lourdes!
Geralmente, os professores acham que é necessário um talento especial para contar histórias, mas não é. Todo professor tem dentro de si um contador de histórias, apenas precisa encontrá-lo e aprimorá-lo. Para que isto aconteça pode-se levar em consideração, segundo Malba Tahan, algumas características que um bom contador de histórias deve ter:
1ª - Sentir, ou melhor, viver a história; ter a expressão viva, ardente, sugestiva.
A história deve despertar a sensibilidade de quem a conta, sem emoção, não terá sucesso.
2ª - Narrar com naturalidade, sem afetação.
O vocabulário utilizado deve ser adequado ao público ouvinte. Na oralidade é preciso ser mais claro e objetivo, sendo necessário, às vezes, completar as idéias da história.
3ª - Conhecer com absoluta confiança o enredo.
O contador tem que estar seguro sobre o que vai contar, do contrário é melhor não contar.
4ª - Dominar o interesse do público.
Sempre buscar maneiras de fazer com que os ouvintes permaneçam concentrados na história.
5ª - Contar dramaticamente.
O contador pode se passar por algum dos personagens ou por todos.
6ª - Falar com voz adequada, clara e agradável.
Não convém falar em falsete ou impostando a voz, a não ser que seja em momentos específicos para caracterizar um personagem.
7ª - Ser comedido nos gestos.
Se exagerar em gestos sem objetivos, quando fizer um que seja necessário para melhor entender a história, não será notado.
8ª - Ter espírito inventivo e original.
Contar as histórias com suas próprias palavras – contar o que está velho de forma nova. Se a história for de livro deve ser adaptada, pois a linguagem escrita é diferente da oral.
9ª - Ter estudado a história.
Não é necessário decorar, mas sim testar diversas possibilidades de exploração oral para contar com espontaneidade.
Não se apavore com esta lista que Malba Tahan traz, são apenas dicas que funcionam. Assim como estas, deve haver muitas outras para colocar em prática seu lado contador de histórias.
Na utilização da contação de histórias em sala de aula todos saem ganhando, seja o aluno, que será instigado a imaginar e criar, seja o professor, que terá uma aula muito mais agradável e produtiva.
Bibliografias:
SILVA, Maria Betty Coelho. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1986.
TAHAN, Malba. A arte de ler e de contar histórias. Rio de Janeiro: Conquista, 1957.
Um abraço, Sheila
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